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Bispo lembra «irmãos sofredores e excluídos»
O bispo de Viana do Castelo evocou hoje, na celebração dos Ramos, os “inocentes condenados à morte, à fome, à deportação, ao infortúnio e à exclusão”.
“Imploramos de Nossa Senhora, Mãe das Dores que percorre o caminho do sofrimento junto do Seu Filho, de S. Bartolomeu dos Mártires, de S. Teotónio e de S. Paulo VI que nos ajudem a entrar no caminho da paixão com coragem e lucidez para iluminarmos a nossa vida pelo Amor divino e projetarmos a graça da salvação junto dos nossos irmãos mais sofredores e excluídos”, disse D. João Lavrador, na homilia da Missa a que presidiu na Catedral do Alto Minho.
A Igreja Católica inicia hoje, com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, celebração da ressurreição de Cristo.
“Com a celebração da entrada triunfal de Jesus de Nazaré em Jerusalém damos inicio à Semana Santa na qual entramos e vivemos o mistério pascal do Filho de Deus”, precisou o bispo de Viana do Castelo.
O responsável católico convidou os participantes na celebração a superar a tentação de lamentar-se pelo que está a acontecer à Igreja ou ao mundo, onde “tantos cidadãos são desprezados, espezinhados, maltratados e injustiçados”.
Seria muito cómodo ficarmos tão só a lamentarmo-nos, mas não, teremos de ter a coragem de edificarmos comunidades cristãs capazes de fazerem a experiência de vida e de entrega, no Amor, e de testemunharem perante o mundo de hoje, em atitude de serviço, como se deve valorizar o ser humano, qual o seu destino último e sobretudo como edificar uma sociedade digna do ser humano”.
No início da Semana Santa, D. João Lavrador destacou a importância de “percorrer o caminho doloroso” da Paixão de Jesus para aprender “a verdade acerca da pessoa humana”.
O bispo de Viana do Castelo enviou uma carta às comunidades católicas para preparar a Páscoa, a primeira que passa na diocese, convidando todos a manifestar “a riqueza desta celebração”, com o regresso de várias tradições.