Centenas de fiéis, do Arciprestado de Viana do Castelo, participaram na tradicional peregrinação do Sagrado Coração de Jesus, que culminou com uma missa campal no jardim das Tílias, no monte de Santa Luzia.

A celebração foi presidida por D. João Lavrador, que convidou os fiéis a “caminhar na renovação do mundo, das comunidades e de cada um”. “Deixem que o Espírito de Deus nos renove, transformando tudo no amor e na comunhão. Através da Palavra de Deus, somos convidados a sermos família com Cristo e a procurar estender todo o seu abraço a toda a humanidade e, sobretudo, reconhece na comunidade, a ser promotores e anunciadores da boa nova que é Jesus Cristo”, afirmou.

Na homilia, o Bispo diocesano frisou para a necessidade de uma renovação, reconhecendo as dificuldades desse caminho. "É na comunidade que captamos a profundidade e extensão da própria palavra de Deus", afirmou, sublinhando a importância da eucaristia.

O prelado convidou ainda os fiéis a mobilizarem-se pela ação do Espírito de Deus. "A fé é uma resposta, nasce da escuta da palavra e comunhão com o amor de Cristo", referiu, acrescentando: "Caminhemos na renovação deste mundo, das comunidades e de cada um de nós".

A procissão com mais de cem anos (1918) ocorre no fim de semana depois da semana em que se celebra o Corpo de Deus.

Segundo a Confraria de Santa Luzia, em 1918 a peste pneumónica assolava toda a população e na cidade de Viana do Castelo realizou-se uma procissão, a 10 de novembro, onde se prometeu subir ao monte de Santa Luzia e fazer a consagração à imagem do Sagrado Coração de Jesus aí presente, se a peste parasse. Tal facto registou-se e por isso a promessa teve de ser cumprida. Impedidos de o fazer em 1919 e 1920, só no ano de 1921 a promessa foi cumprida e repetida todos os anos.