Centro Pastoral Paulo VI acolheu Conselho Presbiteral

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No dia 8 de novembro, reuniu no Centro Pastoral Paulo VI, o Conselho Presbiteral da Diocese de Viana do Castelo, enquadrado na Semana dos Seminários e, ainda, na celebração dos 46 anos da criação da Diocese.

O Conselho Presbiteral também não se esqueceu das vicissitudes internacionais, de contextos de guerra em vários pontos do globo, e da atual situação política do país.

O objetivo do encontro foi de reflexão sobre as linhas de força pastorais em ordem à renovação da Igreja Diocesana. Numa palavra de abertura, o Bispo D. João Lavrador salientou que, “na fidelidade às origens, conscientes dos desafios do presente, lançamo-nos na edificação da Igreja diocesana com o olhar no futuro”. Por isso, neste próximo ano pastoral, “iremos, todos em conjunto, delinear as ações, os gestos e os dinamismos necessários para nos próximos anos preparamos convenientemente a celebração do jubileu da nossa Diocese”.

O Bispo questionou se as várias estruturas diocesanas, paroquiais, de grupos, associações, irmandades e movimentos, são verdadeiramente evangelizadoras ou, pelo contrário, se são mantidas por tradição e já não servem para a proclamação e testemunho do Evangelho hoje. Reforçou também a necessidade de comunidades de discípulos missionários, concretamente na “promoção de Conselhos Pastorais que exprimam, sob a iluminação do Espírito Santo, a capacidade de uma Comunidade cristã se deixar penetrar pela verdadeira criatividade, discernimento e força para a missão de testemunho de Jesus Cristo”, e na promoção dos diversos carismas, tais como o diaconado permanente e o ministério de catequista. Isto exige um método, ou um plano, adequado que teremos de descobrir e implementar com coragem e paciência.

Para viver uma eclesiologia conciliar, segundo o espírito sinodal que o Papa Francisco deseja reavivar como identidade da Igreja, D. João Lavrador apelou à participação nas jornadas dos dias 18 de novembro, 1 e 2 de dezembro de 2023.

Da partilha dos membros foi realçada a necessidade de uma leitura real da situação da Igreja diocesana e suas comunidades, da importância da motivação dos agentes, sua formação e acompanhamento, do acolhimento das pessoas e do seu contexto familiar e profissional, atenta aos atuais ritmos de vida, numa Igreja em saída e ao encontro de todos.

O Conselho Presbiteral está consciente que se vive uma mudança de época e que as soluções passadas não respondem hoje aos desafios presentes. O Espírito convida a uma conversão pessoal e pastoral eclesial. É necessário ir ao essencial, ao alicerce do encontro com Cristo, à sedução das origens do Evangelho, às fontes e raízes das primeiras comunidades cristãs. A experiência do exílio e a voz dos profetas são um apelo hoje para aprofundamento e purificação. Não se pode viver a fé individualmente. A vida cristã é feita em comunhão com Deus, pelo Filho, no Espírito Santo, mas também em comunhão com a comunidade, numa vida e corresponsabilidade fraterna.

A iniciação cristã e a formação de cada batizado, inserida numa comunidade cristã amadurecida, é fundamental. Apenas cristãos adultos na fé se comprometem na missão da Igreja, vivem e participam na comunhão.

O Bispo concluiu os trabalhos reforçando que a renovação, reiniciação e recomeço da missão da Igreja diocesana fundamenta-se numa forte espiritualidade crente! Recordou a importância dos evangelizadores, da comunhão e testemunho dos presbíteros, alicerçados em Jesus Cristo, que leva também à dimensão comunitária das comunidades cristãs. Este tempo é um tempo de reflexão, paciente, que deverá ser incisivo, concreto e renovador da Diocese.