Cerca de 20 sacerdotes participaram em retiro

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Dezassete padres da Diocese de Viana do Castelo participaram, entre os dias 11 a 15 de novembro, no primeiro retiro do clero. O encontro foi orientado pelo Pe. Jesuíta, José Eduardo Lima, que se deslocou da Covilhã onde também é pároco, e que partilhou "um itinerário de encontro, conhecimento e compromisso com Cristo e com a sua Igreja".

CruzSempre com base na Palavra de Deus, no interlocutor que é cada pessoa, na observação dos sinais dos tempos, nas respostas que cada discípulo é convidado a dar, nas exigências do discernimento e da partilha da própria vida, encontra-se o segredo da verdadeira e autentica relação com Deus, consigo mesmo e com os outros.

Um Deus que procura o ser humano na sua fragilidade, fuga e isolamento: “Adão : onde estás?” ou na sua máxima fragilidade como ao fratricida Caim: “Que fizeste ao teu irmão?”. O desafio da busca, do encontro, da releitura da vida a partir da realidade crua e verdadeira. Necessariamente quem eu sou em relação a Deus, comigo e na relação com os outros. As fugas claras ou subtis, o isolamento, a solidão, o vazio, o que traduzem de profundidade e realidade existencial. A busca do verdadeiro centro: deixar-se encontra por Deus. Aceitar o desafio de um diálogo libertador e carregado de vida, maturidade e de esperança. Encontrar e encontrar-se para servir como dom expressivo da liberdade, como semelhante ao tesouro escondido e à pérola preciosa. Ir à fonte do primeiro momento de entusiasmo, de alegria, de enamoramento, de vida e voltar na afirmação da vocação e missão. Uma lição tão expressiva na vida dos Apóstolos, sobressaindo Pedro.

Uma visão da realidade actual: os sinais, o discernir e o compromisso. A realidade pessoal no contexto da fragilidade. O experimentar libertador da misericórdia. A intensidade do amor de Deus que liberta da autocondenação, do hábito perigoso de conviver com vícios e pecados como se tudo fosse normal, criando insensibilidade ao amor e afastando do projeto de santidade. Deixar-se encontrar por Cristo em verdadeira experiência vital, de misericórdia, de graça, do Deus que habita na nossa fragilidade. Habitar em Cristo e d’Ele assumir as mesmas atitudes nas tentações do deserto e do Getsémani, da Cruz, e saborear plenamente o dinamismo do Ressuscitado!

Em Cristo revisitar a nossa história pessoal e vocacional escrevendo o ministério sacerdotal como expressão de entrega a Deus, à sua Igreja, e a todas as pessoas. Assumir, mesmo na fragilidade, o testemunho do mistério Cristo: Incarnação, Paixão, Morte e Ressurreição e sua visibilidade em nosso ser e ação, sempre a concretizar nas realidades que a obediência, pobreza e castidade revelam com toda a riqueza e frutuosidade.

A contemplação e o assumir das mesmas atitudes de Maria de Nazaré. Mestra e Mãe na ajuda efectiva, no concreto da vida e do tempo actual. Maria, referência de toda a beleza do verdadeiro ser homem/mulher. Referência do verdadeiro discípulo de Cristo e do amor incondicional à sua Igreja.