Conselho Diocesano aponta novos caminhos: corresponsabilidade, escuta e evangelização audaz

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Mais de duas dezenas de agentes pastorais participaram, no passado dia 8, no Conselho Diocesano de Pastoral, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque. D. João Lavrador apelou ao “empenho firme” para “dotar as comunidades com organismos de participação e corresponsabilidade”.

No seu discurso inicial, o Bispo de Viana destacou o contexto social, cultural e eclesial, lembrando as guerras da Palestina, Faixa de Gaza, Ucrânia e Médio Oriente. “Se esta situação gera muita pobreza e orfandade, a chamada guerra comercial ou das tarifas, já confirmada, trouxe um acréscimo de incerteza e de péssimas perspectivas para o futuro próximo no domínio económico e social”, referiu, acrescentando: “Volta o fantasma do isolamento e do domínio do mais forte sobre os mais frágeis”.

D. João Lavrador lembrou ainda as eleições autárquicas e as tragédias dos incêndios e do elevador da Glória, em Lisboa. “Não podemos ficar indiferentes a tais infortúnios e às pessoas que sofrem com estas tragédias”, afirmou, salientando a importância dos seminários e de “garantir sentido de dignidade” às pessoas, especialmente aos imigrantes.

Nesse mesmo discurso, o prelado alertou para a necessidade de “aprofundar a consciência da Diocese”. “Sem Diocese, não pode haver Igreja”, afirmou, considerando: “Ainda estamos focados na pequena capela da nossa aldeia, ainda nos refugiamos tão só na nossa paróquia e não há quase nenhuma consciência da primordial comunidade que é a Diocese.”

D. João Lavrador pediu, ainda, aos agentes pastorais a serem “fermento evangélico no mundo”, incentivando-os a “discernir os sinais dos tempos”, “escutar do que o mundo tem  dizer à Igreja” e “oferecer o Evangelho sem medo e com humildade”.

Neste sentido, os agentes pastorais identificaram os principais desafios de hoje da Igreja e apresentaram as propostas pastorais a concretizar. Entre as várias propostas, os grupos de trabalho destacaram: 

  • Promover a comunicação interna e externa (também no digital) mais transparente e positiva;

  • Criar centros de acolhimento, escuta e acompanhamento;

  • Apostar na formação;

  • Celebrar bem a Liturgia com uma linguagem universal (clara);

  • Audácia na Evangelização que se coloca no lugar do outro, que toca nas feridas e promove o sentido de comunidade.