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Conselho Pastoral defende uma reformulação nas estruturas diocesanas
O Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, acolheu mais um Conselho Diocesano de Pastoral, que contou com a participação de dezenas de agentes pastorais. D. João Lavrador presidiu ao encontro e convidou-os “a provocar admiração” nas suas comunidades através do testemunho.
Após a oração, D. João Lavrador evocou “alguns acontecimentos que marcaram a vida eclesial e social”: o Sínodo e o início do Jubileu Ordinário e chamou à atenção de acontecimentos que, por vezes, são “esquecidos”: as guerras no Médio Oriente, Ucrânia e Rússia, e o temporal em Valência.
Recordando os desafios para a elaboração do projeto pastoral, na sua palavra de abertura, o prelado reconheceu a importância dos “sinais dos tempos”. “Não tenhais medo de ser uma ‘elite’ dentro da Diocese. O vosso contributo é, de algum modo, especial na vida dioceana”, afirmou, incentivando os membros à escuta, ao aprofundamento e à oferta de “um caminho comunitário que responda aos ser humano a partir da Palavra de Deus e do magistério da Igreja”. “(...) devemos estar bem formados, com estrutura pessoal e vivência comunitária, a sintonizar com a sorte dos nossos irmãos, aprofundar a reflexão das fontes inspiradoras da renovação e em espírito orante, e sempre em comunhão com Jesus Cristo, discernirmos o que´é bom e o que convém”, reforçou, frisando que “as fontes da vida cristã condiciona a conduta de cada um”. “O convite que nos é dirigido manifesta-se em sermos contemplativos do rosto de Cristo e a retomarmos o caminho de sempre que fixa o nosso olhar no rosto de Cristo”, acrescentou.
O Bispo diocesano incentivou ainda os membros a “despertar continuamente a comunidade para o seu dever missionário”. “A paróquia é espaço de missão”, vincou, defendendo que “urge aprofundar junto dos fiéis e em cada comunidade cristã a sua referência à Diocese”. “(...) detenhamo-nos na consciencialização da realidade da comunidade diocesana”, reforçou, concluindo: “Mais do que estrutura física e normativa, ela é uma comunidade ministerial e de expressão da diversidade carismática ao serviço do Reino de Deus que opera no meio do mundo”.
Na ordem de trabalhos, os grupos foram desafiados a uma “prática pastoral” com “objetivos, meios, agentes, acontecimentos e estratégias”. E, das várias reflexões apresentadas, os agentes pastorais destacaram que “há uma perceção que as pessoas não conhecem a Diocese”, “as iniciativas pastorais estão a perder força” e “deve repensar-se no papel do clero na dinamização pastoral”.
Neste sentido, os conselheiros apresentaram as seguintes propostas:
Conhecer o nosso tempo e a interpretação das pessoas;
Criar uma pastoral de acompanhamento familiar;
Dar a conhecer os movimentos e secretariados diocesanos;
Apostar em apóstolos com carisma;
Espaços de acolhimento e partilha antes e depois da Eucaristia;
Criar espaços nas paróquias de escuta;
Valorizar o sacramento da Reconciliação;
Apostar na formação;
Valorizar a Eucaristia;
Valorizar a adoração;
Eucaristias mais bem preparadas e cativantes;
Promover momentos de celebração para crianças e adultos;
Criar grupos lectio divina para a comunidade;
Promover retiros descentralizados;
Sessões mensais online centradas em textos bíblicos;
Criação dos Conselhos Pastorais paroquiais e interparoquiais;
Incentivar à participação e corresponsabilidade dos leigos;
Criar grupos de estudo para perceber dinâmicas e casos de sucesso na catequese para replicar;
Criar pontes de comunicação mais abrangentes;
Disponibilizar horários das missas de todas as paróquias;
Incentivar à criação de planos pastorais paroquiais.
Por fim, D. João Lavrador lembrou que “a pauta deve ser evangelizar”. “Temos que provocar admiração nas nossas comunidades. E, como? Sermos testemunho”, concluiu.