Conselho Pastoral Diocesano retoma atividade

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“A constituição de um Conselho Pastoral é, antes de tudo, manifestação de comunhão”. Foi a partir destas palavras que D. João Lavrador fundamentou a necessidade da “reinstalação” do mesmo Conselho, na sua primeira sessão, que decorreu dia 4 de março, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque (Viana do Castelo). 

1ª sessão Conselho Pastoral DiocesanoNa reunião inicial, que começou com a tomada de posse, leitura da provisão, profissão de fé e juramento de fidelidade de todos os membros nomeados, foram eleitos os membros para a Comissão Permanente do referido órgão diocesano: Pe. Vasco Gonçalves, moderador, Lígia Pereira, secretária, Ricardo Oliveira, secretário adjunto, Cristina Parente e Pe. José Domingos, vogais.

Na sessão, coube a Mons. Sebastião Pires Ferreira, Vigário-geral, indicar o enquadramento eclesial e canónico do Conselho Pastoral Diocesano (CPD) e esclarecer algumas questões estatutárias, frisando que este órgão é consultivo, a nível diocesano. 

O Bispo diocesano, na sua posterior intervenção, diagnosticando uma noção de Igreja enquanto Povo de Deus “ainda pouco vivida e experienciada”, delimitou que “a primeira razão de ser e o primeiro grande desafio lançado” ao CPD prendemse com a necessidade de ser “expressão de comunhão eclesial”, destacando, ainda, a necessidade de coresponsabilidade para a vivência da fé em comunidade. “A corresponsabilidade exige uma formação tal que capacite para o assumir das responsabilidades, deixando o tão-só ser colaborador, participar nas decisões de modo esclarecido e assertivo e, personalizando a fé cristã e assumindo a exigência de discípulo missionário, ser membro ativo da comunidade cristã e testemunha cristã no meio do mundo”, frisou. 

D. João lançou, ainda, o desafio a “uma nova forma de ser comunidade cristã”, que deixe de se centrar em criação de “tarefas”, e passe a destacar a pertença comunitária. “A Igreja, como todos nós, batizados, depara-se com muitas tarefas. Esta realidade pode ocasionar a sensação que a vida da Igreja é promover eventos. Muito pelo contrário, a única tarefa é evangelizar. Isto quer dizer que devemos repensar sempre o que fazemos, o que nos ocupa, para nos questionarmos sobre o seu valor evangelizador. Reconheçamos, então, que muitas das nossas ações são perda de tempo, já que não se revelam com perfil evangelizador do homem e da mulher de hoje”, sublinhou pormenorizadamente, ao mesmo tempo que enfatizava a “rutura entre Evangelho e cultura”. 

Por fim, alertou para o risco e a tentação de evasão face aos dramas humanos, pedindo uma presença no meio das circunstâncias diversas da história da humanidade.