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D. João Lavrador apela ao compromisso contínuo dos noivos
Cerca de 20 casais participaram no Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM) de Viana do Castelo, que decorreu no Seminário dos Passionistas, em Barroselas. O segundo encontro está marcado para os dias 24 e 25 de maio, em Ponte de Lima.
André Santos e Sara Pereira vão casar-se em Fornelos, Ponte de Lima. Sempre tiveram o sonho de se casar e, quando se sentiram preparados, decidiram “dar esse passo”. “O CPM é importante porque nos ajuda a preparar a nossa caminhada a dois”, consideraram, destacando os testemunhos reais de outros casais. “Há sempre dificuldades, mas o amor de Deus faz-nos superar tudo. Juntos”, salientou André. “As coisas não nos acontecem só a nós e identificarmo-nos com alguns testemunhos, pode ser uma ajuda para perceber que não estamos sozinhos e como devemos agarrar, nomeadamente, a Deus para seguirmos em frente”, acrescentou Sara.
Também André Barbosa e Marisa Teixeira querem fazer uma vida a dois. Vão casar-se em Perre e decidiram participar no CPM para “fortalecer a relação”. “É uma oportunidade de percebermos como funciona e qual o significado do casamento pela igreja”, referiram, considerando que levam “novas experiências” para, um dia mais tarde, os ajudar.
Artur Sousa e Vanessa Costa vão casar-se em Vila Nova de Anha e defendem que o CPM, para além das “novas experiências”, reflete “profundamente” sobre o matrimónio. “Foi um dia de reflexão sobre vários temas, mas sinto que vai mais além. Aprofundamos o verdadeiro significado do matrimónio, solidificando mais a nossa decisão”, afirmaram.
Do lado dos animadores, Priscila e Kleyton Diniz vieram de Valença para dar, pela segunda vez, o seu testemunho. Estão juntos há 20 anos, casados há 16 e têm três filhos. “O CPM é uma oportunidade que agrega valores e conhecimento”, frisaram, reconhecendo a importância do seu testemunho para casais que nunca viram. “Queremos mostrar que o matrimónio exige esforço para seguir em frente porque, algumas vezes, traz algumas dores e sacrifícios”, alertaram, esclarecendo que não vão ensinar nada, mas trocar experiências. “Muitos dos casais que chegam aqui, têm uma ideia errada e ficam surpreendidos com o que vivem durante estes dias. O CPM traz muitos benefícios para o casal”, acrescentaram.
Filipe Fonseca pertence à equipa diocesana do CPM e admite ser “enriquecedor” contribuir para o futuro dos noivos. “O CPM faz com que sintamos que fazemos parte da mesma comunidade”, afirmou, reconhecendo que “a sociedade está em constante mudança” e, por isso, exige “uma adaptação a cada um dos encontros porque todos são diferentes”.
“Enquanto organizadores e também frequentadores do CPM, podemos levar e dar experiências de vida. Daqui, levam essencialmente a partilha de experiências. Eles aprendem connosco e nós com eles”, disse.
Durante o encontro, D. João Lavrador agradeceu o interesse dos casais em participar no CPM, destacando a importância de se prepararem para o matrimónio, da mesma forma que ele se preparou para a sua ordenação sacerdotal. “O casamento não se resume ao evento único do dia da cerimónia, mas deve ser vivido ao longo de todos os anos de vida a dois”, disse, frisando que a sua felicidade não se esgotou na sua ordenação. Neste sentido, também no casamento, “a felicidade não pode ser um dado adquirido”.
A pedido do Bispo, nos dias 24 e 25 de maio, o CPM vai organizar um segundo encontro em Ponte de Lima. “A retoma vai sendo lenta por consequência da pandemia e porque o movimento esteve, muitos anos, sem atividade. Ainda assim, a participação é positiva”, garantiu o responsável do CPM, Pe. Manuel Almeida, especificando que os 19 pares de noivos são dos Arciprestados de Ponte de Lima, Viana do Castelo, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca e da Arquidiocese de Braga. “Quando chegam, parecem um pouco desconfiados daquilo que é o CPM, mas a forma como são recebidos e acolhidos deixa-os mais recetíveis”, confidenciou “convicto” de que a avaliação será “positiva”, como em anos anteriores.