D. João Lavrador apelou à coragem dos jovens de Vila Nova de Cerveira

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No Arciprestado de Vila Nova de Cerveira foi administrado o Sacramento do Crisma a mais de 50 jovens de várias Paróquias. O Bispo diocesano, D. João Lavrador, presidiu à celebração.

Crisma Vila Nova de Cerveira 2022Felisbela Barbosa é catequista do 10º ano na Paróquia Vila Nova de Cerveira e admite que a caminhada até este dia foi de “muito esforço”. “Foram poucos aqueles que receberam o Sacramento da Confirmação. Poderiam ser mais”, admitiu, desejando que os seus jovens continuem a caminhada na vida da Igreja. “Espero que continuem sempre com Cristo. Sempre foi esse o meu propósito: incentivá-los para que, depois do Crisma, continuem a ser participativos na Paróquia porque, se seguem Cristo, seguem sempre bons caminhos”, salientou.

Inês, que pertence à mesma Paróquia, mostrou-se “feliz” pela celebração. “É uma etapa que conclui. Era um objetivo que tinha. Estou feliz”, afirmou, assegurando que vai continuar a frequentar a Eucaristia e a participar nas atividades do Grupo de Jovens, que está a trabalhar para a Jornada Mundial da Juventude.

Também Diogo, de 16 anos, assegurou que vai continuar a ir à Eucaristia e a ajudar o seu Pároco sempre que este solicitar. “Tem sido assim até agora e não é isso que vai mudar”, frisou, referindo que receber o Sacramento da Confirmação foi um momento “feliz”. “Embora seja um momento de despedida e um fim de ciclo, não significa que temos de nos despedir da Igreja. Pelo contrário… É só mais uma etapa nesta caminhada em Igreja”, reiterou.

“A entrega de nós próprios por amor aos outros é que pode transformar”

Na homilia, D. João Lavrador alertou para a “realidade do encontro com Cristo”. “Através da ressurreição, Jesus está vivo”, disse, referindo que, “desde a primeira hora, os cristãos tiveram essa consciência de que um dia esse encontro aconteceria”. “Entre uma e outra vinda, há este encontro permanente, porque a vida cristã tem de ser encontro”, acrescentou, defendendo: “Temos de sentir que, no imediato, está o amor de Deus. Ele toca-nos. O encontro é sentir e reconhecer.”

O prelado incentivou ainda ao “amor a Cristo”, defendendo que “só a pessoa que ama pode ser transformadora da realidade”. “Já nos interrogámos sobre o que se passa à nossa volta?”, questionou, referindo: “O trabalho faz parte da nossa dignidade. Trabalhar para uma sociedade melhor, para que não falte nada a ninguém.”

Por fim, dirigiu-se aos jovens questionando-os se estavam contentes com a sociedade, reiterando a sua confiança neles porque “têm capacidade de mudança”. “Há muito para renovar, mas, caros jovens, só transformamos se lá estivermos. Não basta dizer o que está mal”, afirmou, reiterando: “A entrega de nós próprios por amor aos outros é que pode transformar.”

O Bispo diocesano terminou recordando as palavras do Papa Francisco: “Jovens abri o coração ao Espírito Santo e não tenhais medo”. “Só na diversidade de dons é que esta comunhão encontra a plenitude. Jovens, vamos fazer um hino. Estamos num tempo difícil, mas não cedais. Coragem”, apelou.