D. João Lavrador preocupado com cenário político mundial

| Tempo de leitura: 3 min

Mais de duas dezenas de agentes pastorais participaram, no passado dia 22, no Conselho Diocesano de Pastoral, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque. D. João Lavrador mostrou preocupação pela "mudança vertiginosa na política mundial e europeia". 

No seu discurso inicial, o Bispo de Viana referiu que olha "com profunda apreensão para a guerra na Ucrânia e na Palestina e nas consequências para a humanidade no seu todo". 

D. João afirmou que olha para a apreensão para "a incerteza sobre o futuro dos povos", pedindo respeito pelo princípio da dignidade da Pessoa Humana.

Nesse mesmo discurso, o prelado alertou para a necessidade de uma Diocese e de uma estrutura paroquial que não esteja "centrada em si mesma", pedindo "formas inéditas de ação pastoral".

D. João Lavrador mostrou, ainda, preocupação pela saúde do Papa Francisco, pediu oração por ele e comunicou a sua alegria pelas melhorias que têm sido comunicadas.

Os agentes pastorais foram desafiados a apresentarem propostas pastorais, fixando a sua atenção no objetivo de “edificar uma comunidade diocesana à maneira dos apóstolos”. Entre as várias propostas, os grupos de trabalho destacaram: 

  • Não restringir a eucaristia a uma paróquia, fomentando celebrações interparoquiais e outras formas de oração, como por exemplo a adoração e Lectio Divina;

  • Não fazer da eucaristia o único meio de evangelização, mas que seja o culminar de um caminho;

  •  Repensar os horários e rever o número de celebrações;

  • Criar unidades pastorais,

  • Promover leitura contínua dos Atos dos Apóstolos;

  • Formação sobre liturgia para torpedos os agentes pastorais;

  • Definir as portas abertas e o que é estar de fora para ir de encontro às pessoas e atender não só às novas realidades, como as velhas que, embora estejam dentro, estão fora da igreja;

  • Abrir as igrejas;

  • Criar grupos de acompanhamento;

  • Criar centro de escuta;

  • Aceitação e dinamização dos vários movimentos diocesanos;

  • Contactar com as realidades porque, hoje, há mais dimensões do pobre;

  • Acompanhar os bairros sociais/isolados porque há uma pobreza que estende por gerações;

  • Valorizar o serviço com os pobres;

  • Fortalecer as iniciativas de caridade;

  • Acompanhar os mais frágeis porque, hoje, os problemas vão mais além de financeiros;

  • Adequar a linguagem aos tempos atuais e encontrar um “lugar” comum entre a linguagem teológica e as novas gerações;

  • Criar os conselhos pastorais, arciprestais, paroquiais e interparoquiais;

  • Reorganizar a estrutura da Diocese;

  • Praticar a escuta ativa, implicando a comunidade nas decisões;

  • Promover formação vivencial;

  • Encontros de partilha, formação e convívio;

  • Promover formação bíblica nas paróquias, adaptando as realidades.

No final, D. João Lavrador sublinhou a importância da eucaristia, alertando para o desinteresse na vocação sacerdotal. “Onde está a expressão da comunidade?”, refletiu, defendendo: “Primeiramente, é necessário um trabalho de consciencialização.”