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D. João Lavrador presidiu à Ultreia Diocesana do Movimento dos Cursilhos de Cristandade
Realizou-se no passado dia 10, Domingo, no parque de Nossa Senhora da Cabeça, em Valença, a Ultreia Diocesana do Movimento dos Cursilhos de Cristandade (MCC) da nossa Diocese, em que estiveram presentes o nosso Bispo, D. João Lavrador, o Pe. José Torres Lima, Assistente Espiritual do Movimento, Padre Eugénio Freitas da Silva, Mons. Manuel José Vilar, diretor da Escola do MCC e de formação de dirigentes, outros sacerdotes e algumas centenas de cursilhistas, todos envolvidos pelo espírito da Ultreia, que significa “Mais Além”, vivendo este dia com muito entusiasmo e entrega. Foi reitor da Ultreia o cursilhista Manuel Augusto de Pinto Neves, de Cristelo Côvo, Arciprestado de Valença.
De referir também a presença do Presidente do Secretariado Nacional dos Cursilhos de Cristandade, Joaquim Mota.
Os trabalhos tiveram início pelas 10h00 com o acolhimento aos cursilhistas «e não cursilhistas», pelas 10h30 tiveram lugar as “Reuniões de Grupo” – Grupos de Reflexão e Partilha, e às 12h00 teve lugar a Oração do Angelus, já com a presença do nosso Bispo, D. João Lavrador, a que se seguiu o almoço partilhado e o convívio,
Os trabalhos reiniciaram-se pelas 15h00, sendo presididos por D. João Lavrador, que assim presidia à primeira Ultreia Cursilhista na Diocese de Viana do Castelo, «ele próprio Cursilhista». Seguiu-se a proclamação (Rolho) cujo tema foi “Levanta-te e vai... Em Missão na Família e na Sociedade” apresentado pela cursilhista Laurinda Pinto Neves de Cristelo Côvo, do qual destacamos alguns passos: “É ilimitada a pastoral juvenil, por estar ao serviço de Cristo, cujo amor não conhece limites, nem em intensidade nem em extensidade. Deu-Se todo e por todos. Quanto mais um jovem O acolhe e Dele vive, mais a sua vida se alarga e prolonga e vai-se tornando, também ela, ilimitada. Por isso, não tenhas medo de arriscar. Mete-te com os outros, para os amar, em todos os âmbitos das suas vidas, muitos dos quais são, certamente, também da tua.
Jesus interpela-nos no preciso momento em que ouvimos ou lemos as Suas palavras. Não temos idade, portanto. Esta categoria temporal não interessa, quer sejamos jovens no que isso implica de vigor, entusiasmo, alegria, compromisso, ou não. Levantemo-nos e vamos! Não estamos propriamente em pandemia Covid, que tomava conta da nossa vida, quando esta carta foi escrita… Mas estamos noutra, na guerra e no que dela inevitavelmente advirá. Mas o que nos é dito por Jesus? O mesmo que disse ao filho da viúva, com todo o Seu poder de Ressuscitado: ‘Jovem, Eu te digo, levanta-te!’ (Lc 7,14)”.
Seguiram-se as ressonâncias ao tema por cursilhistas dos Arciprestados de Arcos de Valdevez, de Monção e de Viana do Castelo e, findas a ressonâncias, seguiu-se uma breve intervenção do Presidente do Secretariado Nacional, que teceu palavras de apreço para com o Secretariado Diocesano, pela sua ação pastoral, dinâmica e organização na realização de todas as suas atividades, sendo já considerado uma referência a nível nacional e concluiu; nós não somos um Movimento de multidões, estamos a sair de um processo de pandemia e estamos num momento emergente.
Seguiu-se o Rolho Místico pelo Pe. Eugénio Freitas da Silva, Pároco de Cristelo Côvo e anfitrião da Ultreia, que começou por referir: “Com Jesus, Maria e José, levanta-te e vai”, considerando ser este o verdadeiro lema do tripé do cursilhista “Piedade, Escuta e Ação”. Muitas vezes nos recordam que temos que testemunhar a fé em Jesus Cristo pelo nosso testemunho de vida; as atividades deste Ano Pastoral vêm do «3º Ano» do triénio da Carta Pastoral de D. Anacleto.
Diz-nos S. Lucas: “Maria levantou-se e foi ter com Isabel”. A virgem Maria foi apressadamente visitar Isabel e colocou-se ao serviço de sua prima, revelando-se a todos nós a sua missão de Missionária.
Maria sai e vai ao encontro dos mais débeis e leva Cristo consigo. Ela leva Cristo consigo, e nós, que comungamos, que levamos connosco? Levamos Cristo connosco, ou deixamo-Lo no Sacrário sozinho? No Magnificat, Maria ensina-nos a confiar em Deus e a confiar na ação evangelizadora da Igreja peregrina, que somos todos nós. Temos a missão de sair e ir ao encontro de quem precisa de nós: “Vai e faz o mesmo”.
Seguiu-se a intervenção da presidente do Secretariado, Conceição Ponte, que, em breves palavras, agradeceu a presença, destacando naturalmente a do nosso Bispo, D. João Lavrador, e as dos muitos sacerdotes, e terminou com um agradecimento ao Pe. Eugénio Freitas, Pároco de Cristelo Côvo e à Paróquia por toda a colaboração prestada, sem esquecer o coro paroquial.
Por sua vez, o reitor «coordenador» da Ultreia agradeceu à Confraria da Senhora da Cabeça e à Câmara Municipal de Valença todo o apoio prestado.
Seguiu-se a intervenção de D. João Lavrador, que teve palavras de reconhecimento para o Movimento dos Cursilhos de Cristandade, referindo: “o mundo tem muitas necessidades, mas a primeira é fome de Deus, que muitas vezes está camuflada. Quero dizer-vos, neste ambiente de festa, que a Diocese conta muito com os Cursilhos de Cristandade; tem que contar muito com o Apostolado dos Leigos. É próprio dos leigos evangelizar o mundo onde cada um se encontra e aí fazer evangelização. Às vezes não se dá conta, mas as pessoas fazem coisas maravilhosas, mas a pastoral que brota dos movimentos é muito importante num testemunho de comunhão sentido de Igreja, numa única realidade que atrai o amor. Nós temos que dar volta a isto, dar uma volta às nossas Paróquias, dinamizar o Apostolado do Leigos, no sentido de realizar comunhão, facilitar estímulos de comunhão”. D. João Lavrador terminou informando que está a ser criada uma equipa para estimular o Apostolado dos leigos. “Quero contar convosco!”
Por sua vez, o reitor «coordenador» da Ultreia agradeceu à Confraria da Senhora da Cabeça e à Câmara Municipal de Valença todo o apoio prestado.
Pelas 16h30 seguiu-se a celebração da Eucaristia presidida por D. João Lavrador, concelebrada por 7 sacerdotes, e animada pelo Coro Paroquial de Cristelo Côvo, sendo precedida de uma procissão de entrada com o andor da Senhora da Cabeça.
Na homilia, D. João Lavrador começou por convidar todos os presentes a entrarem no espírito do Evangelho deste XV Domingo do Tempo Comum e, centrando-se no Evangelho, referiu: “O maior tesouro é a vida enquanto esforço social, político e científico para prolongar a vida, mas o que tenho que fazer para ter uma vida mais digna, num sentido de missão? Então vai e faz o mesmo! Seria criminoso se nós tivéssemos a solução e a não abríssemos aos outros.
O doutor da Lei sabia que a resposta à sua pregunta era Jesus Cristo; S. Paulo reconhece que toda a plenitude está em Jesus. Todo o processo de evangelização está em Cristo; a nossa missão é aproximar os outros de Jesus Cristo; o mistério dos homens é encontrar o mistério de Cristo. Santo Agostinho diz-nos: “ama e faz o que quiseres” ama à maneira de Cristo. É preciso Leis… sim! Mas confronta-las com a lei do amor. Temos que deixar de ser um cristianismo individualista; se nas nossas comunidades não fizermos realçar o amor, não fazemos nada; nas comunidades temos que fazer a mudança no amor.
Bênção da nova imagem da Senhora da Cabeça: finda a Eucaristia, D. João Lavrador benzeu a nova imagem da Senhora da Cabeça, que figura num pedestal frontal àquele recinto e cuja imagem «anterior» havia sido vandalizada há tempos atrás.