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D. João pela primeira vez na Romaria d´Agonia
D. João presidiu, pela primeira vez, aos atos religiosos da Romaria de Nossa Senhora d' Agonia.
Na sexta-feira, na hora canónica de Vésperas, que antecedeu o principiar da Procissão Solene, o Prelado pegou na tónica do oferecer para que, cada um dos presentes, fosse também capaz de se oferecer. «E este oferecimento», refere, «advém da revelação que se apreende da aprendizagem que nos é proporcionada pelo outro e que está determinada nas suas circunstâncias». Acrescentou ainda que «são as circunstâncias que tornam o ser humano capaz de poder obter o acolhimento do outro e de poder acolher o outro e nesse outro Deus».
Com estas palavras, o Bispo Vianense procurou alertar para as condições que temos no tempo presente e o que é que cada um pode fazer, através da cultura e meios que dispõe, para colocar e poder levar a mensagem de fé, e não só, aos outros. O exemplo de Nossa Senhora da Agonia em se oferecer a Deus e de oferecer o seu Filho à humanidade acaba por ser um ato de amor para que cada um de nós pudesse entender este oferecimento. «Ela é mãe e, de uma maneira ímpar, sintoniza a sua vida com a vida do Filho. Ela sintoniza também, com uma maneira perfeita, connosco como filhos». E conclui dizendo que tal oferecimento acontece «para que se reconheça a dignidade de se ser filho e, por sua vez (porque está implícito), de sermos irmãos uns dos outros».
Já na alocução que fez antes da Bênção ao mar e às embarcações de pesca, D. João centrou-se nos pescadores, pois eles «são o centro da nossa festa». E é por serem o centro de toda a festa que, segundo o Prelado, torna possível toda a moldura que se criou na Doca de Viana do Castelo porque foram os pescadores que convidaram todas as outras pessoas que quiseram tomar parte nesta Bênção e Procissão ao mar para que cada um dos presentes pudesse responder à pergunta sobre toda a nossa existência: «quem é este a quem nós recorremos?».
Todo o ser humano procura responder às perguntas que aparecem provenientes das dúvidas e inquietações que surgem ao longo das nossas vidas. E, enquanto existe esta deriva proveniente das dúvidas que nos faz andar como que perdidos no meio do mar sem alcançarmos a outra margem, D. João desafia a nos prepararmos para o encontro com Jesus Cristo, pois é Ele quem tem o pão que nos alimenta e faz acalmar as tempestades da nossa vida.
O Bispo Vianense desafiou ainda a olharmos para N. Sr.ª da Agonia que «nos ensina a irmos ao encontro de Jesus porque Ele está próximo, porque Ele está na nossa barca». E é por estar Jesus na barca que desafiou todos os presentes a irem na barca dos pescadores, pois eles também são parte importante nas nossas vidas. «São este ir e este voltar que necessitamos de aprender com os homens e mulheres do mar para que, também nós, possamos ter o encontro com Jesus Cristo através de Nossa Senhora». Por fim, D. João desafiou a que cada um desperte para a necessidade trazer Jesus para a sua vida para que tudo fique mais calmo para este ir e para este voltar, para este estar com Deus.