Dia de festa marcou comemorações

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O dia 3 de outubro, ocasião em que se celebrou o 80º aniversário do Colégio do Minho e os 8 anos do início das atividades do polo de Monção, foi vivido em clima de festa. Alunos, professores e funcionários participaram numa Eucaristia, na Sé de Viana do Castelo, presidida por D. João Lavrador, à qual se seguiu um almoço-convívio no parque da cidade.

80º aniversário Colégio do Minho, Fernando MarinhoNa homilia, o Bispo de Viana centrou a reflexão na proposta de três desafios para a comunidade escolar, partindo da liturgia, e acentuando a preocupação e o desejo de um futuro autêntico por parte dos estudantes. “Estais neste Colégio porque ansiais por um futuro”, referiu, explicitando que “só Jesus tem o segredo da vida na sua totalidade”.

“Connosco há uma Pessoa que sabe o que será o futuro, e essa Pessoa é Jesus. Por isso, se eu quero saber o que ele me reserva eu tenho de me colocar na disposição de ouvir o que Ele tem a dizer-me”, afirmou.

D. João ressaltou a postura de quem deseja aprender, em particular quando se deseja aprender o significado da felicidade e se compreende que ela só pode partir do amor. “É no verdadeiro amor que nos sentimos felizes, é no amor que nos sentimos realizados. Quando somos amados e quando amamos, porque o amor é sempre recíproco. Torna-nos pessoa de relação, porque cada um dá-se ao outro. Daí que o amor chame e nos faça pôr em movimento”, sublinhou.

O prelado reforçou que esta dimensão constitui o núcleo da missão de uma escola, pela necessidade de se formar cada um em toda as áreas da pessoa humana, “desde a inteligência, à parte física, à parte afetiva, à realidade da verdade”. 

“Podes ser um grande líder, mas, se não é por amor, a tua liderança não vai a lado nenhum. Se tu amanhã, naquilo que sentires que te pode realizar, não for por amor, com o passar dos dias estarás frustrado”, afirmou.

O Bispo diocesano ressaltou o contraste entre quem deseja o amor, mas ao mesmo tempo se isola. “Vivemos um tempo de contrastes. Dizemos que dentro de nós está o desejo da entrega, o desejo da dádiva, mas, depois, cada um fica sozinho consigo próprio”, disse, perguntando em que modalidades a assembleia se pode colocar ao serviço.

“Olha para este mundo: vê tanta gente maltratada, vê tanta gente coberta de chagas, e vê tanta gente a ser desprezada. E, no final, de quem é que tu escolhes fazeres-te próximo? Porque muitas vezes escolhemos ser próximos daquilo e daqueles que nos dão prestígio, que nos dão uma boa força económica, que nos dão segurança”, enfatizou, frisando que o amor só interessa se for prático e se servir para ir ao encontro dos demais.

D. João Lavrador pediu, por fim, cautela a toda a comunidade escolar para não se deixar enganar por formas manipuladoras e deturpadas de viver e conhecer a verdade.

“Há muita gente que quer aproveitar-se de nós. Eles estão aí, sorridentes, a fazer grandes propósitos, mas por dentro são vasos vazios”, acentuou, apontando a urgência de um discernimento sério.