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Diocese de Viana do Castelo conquistou o 4º lugar no XV Clericus Cup em Chaves
Mais de uma dezena de padres da Diocese de Viana do Castelo, mais concretamente dos Arciprestados de Monção, Arcos de Valdevez, Ponte de Lima, Ponte da Barca e Vila Nova de Cerveira, participaram no XV Clericus Cup, que decorreu em Chaves, e conquistou o 4º lugar.
O evento desportivo decorreu entre os dias 4 e 6 de julho e juntou vários padres de diferentes Dioceses. Uma semana antes do Clericus Cup se realizar, o Pe. Joel Brito, Pároco nos Arciprestados de Arcos de Valdevez e de Paredes de Coura, esteve à conversa com o Notícias de Viana e confidenciou que o torneio é uma “oportunidade” para reencontrar colegas e partilhar experiências culturais. “A Diocese de Viana do Castelo participa desde o início e já venceu oito dos 14 torneios", começou por contar, salientando que “ajuda a manter a forma física” e “fomenta o convívio entre padres”. “O torneio é rotativo. Ou seja, todos os anos se realiza numa Diocese diferente. Em Braga reencontramos colegas, porque estudamos todos juntos no Seminário. Nas outras Dioceses, acabamos por conhecer novos colegas e reencontramo-los quando vamos representar a seleção nacional. Além disso, permite-nos conhecer locais diferentes e partilhar experiências, principalmente, gastronómicas”, disse.
O padre revelou ainda a vontade de ganhar, mas que já era “muito bom” conseguir ficar nos quatro primeiros lugares. “Queremos todos ganhar, mas se conseguirmos passar à fase final já é bom. Ou seja, ficar nos primeiros quatro lugares. Já é bastante produtivo para este ano”, disse, entre risos, deixando um convite a outros membros do clero. “A participação no torneio é aberta a todos e a nossa equipa está disponível para receber novos membros”, acrescentou.
Clericus Cup “reforça a amizade e o espírito de missão entre os Padres da Diocese de Viana"
No dia 4 de julho, o Gimnodesportivo Municipal de Chaves recebeu a primeira meia-final da XV Clericus Cup, que colocou frente a frente os padres da Diocese de Vila Real e os padres da Diocese do Porto.
Na bancada, composta por padres em competição, encontravam-se, com uma redobrada atenção aos seus possíveis adversários, os 11 padres da Diocese de Viana do Castelo: sete jogadores de campo e quatro da equipa técnica. Já o demais público, movido pela curiosidade, foi "ver os padres jogar", depois de terem ido à feira e ao mercado, que ocorrem em simultâneo a paredes meias com o torneio.
De volta ao campo, ao intervalo, o nervosismo presente em cada um dos padres alto-minhotos começou a intensificar-se à medida que se dirigiam para os balneários e se preparavam para o seu jogo, que os colocaria, pelas 11h00, de olhos nos olhos com a equipa Bracara da Arquidiocese de Braga, com um piscar de olho na final. O número reduzido de elementos para ir a jogo e as constantes lesões que foram surgindo ao longo da meia-final levaram a que a Diocese de Viana desistisse ao intervalo, classificando-se em 4º lugar. "Não há seminaristas e ordenações e, por isso, torna-se irremediável”, lamentou o Pe. Custódio Branco, considerando que “há colegas padres que poderiam participar e não participam”. “Para além dos jogos, perdem este evento e este convívio entre padres. Este ano notou-se, de certo modo, uma certa falta de solidariedade geral", informou. No entanto, o Pe. Ricardo Correia destacou "a raça de Viana”. “Temos mais de metade da equipa lesionada, mas mesmo assim entrámos com ligaduras nos pés até não termos jogadores suficientes", disse.
O Pe. Nelson Barros esteve fora das quatro linhas, mas não deixou de dar apoio à sua equipa. "Estive de fora este ano e é frustrante não poder ajudar a equipa”, lamentou, confidenciando que quis vivenciar o espírito “único” da equipa. Já o Pe. Luís Martins revelou que, durante os três dias de competição, o que mais o marcou foi o convívio entre padres das diferentes Dioceses. “Para além disso, reforça a amizade e o espírito de missão entre os padres da Diocese de Viana", acrescentou.
Também o Pe. Cláudio Belo reforçou os laços de amizade que se intensificam. "A amizade fica renovada pelo clero de Viana em competição. São três dias de partilha, não só de futebol, mas de camaradagem, amizade, respeito e comunhão por algo que é comum a todos, que é ser padre", afirmou.
Para o Pe. Jorge Agostinho, representar a Diocese de Viana do Castelo no torneio “é qualquer coisa”. “Ser jogador que já foi nacional e internacional, é muito idêntico. Na Seleção, as quatro Dioceses do Norte são mais próximas e, por logística, vão participar a nível internacional”, começou por dizer, reforçando: “É claro que é um orgulho representar a Seleção, mas representar Viana... é qualquer coisa.”
Sobre o feedback dos paroquianos, o Pe. Luciano da Costa contou que “gostam que o padre vá e participe no torneio”. “Jogamos duas a três vezes por semana entre nós. Aliviamos a cabeça e vamos com um novo espírito para as Paróquias”, explicou, deixando uma proposta à Diocese: “Sugiro que se crie um Secretariado de Desporto para jogarem e à mesa conviverem, criando um espírito de união e fortalecendo uma pastoral à volta do Bispo, sem aceção de pessoas.”
O capitão da equipa, Pe. Joel Brito, contou que a fase de grupo foi “normal”, assegurando que sabiam que iam ser apurados para disputar o pódio. “Já nos vamos conhecendo e, por isso, sabemos daquilo que somos capazes de fazer”, referiu, confidenciando: “Desta vez fui capitão e isto é uma responsabilidade de logística exterior perante a equipa. No fundo, é ser comunhão e comunicador.”
O último jogo
Com os olhos no próximo jogo, enquanto as equipas saíam do refeitório para prepararem os seus jogos, a equipa de Viana aqueceu à mesa “à boa moda do Alto Minho” juntamente com os colaboradores da Diocese de Vila Real, que iam almoçando. A alegria está estampada no rosto dos padres do Alto Minho, contagiando aqueles que com eles coabitam naquele espaço de refeição.
Pelas 15h00, a atribuição dos lugares ficou definida no Pavilhão Gimnodesportivo de Chaves, enquanto os Padres de Viana continuavam a preparar o seu jogo ao pormenor, detalhe por detalhe.
Aproximaram-se as 17h00 e a luta por um lugar no pódio, nomeadamente o 3º lugar, pairava na cabeça dos padres vianenses, que disputaram esse lugar contra os padres portuenses. Contudo, o resultado não foi o desejado, mas ficou o sentimento de, no próximo ano, “lutar por um lugar melhor”.
O XV Clericus Cup foi vencido pela Diocese de Vila Real que derrotou a equipa Bracara da Arquidiocese de Braga por 3-0.
A edição do ano anterior também foi ganha por Vila Real.