Diocese de Viana viveu Dia da Catequese

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“A catequese é o útero da comunidade”. É assim que o Pe. Vasco Gonçalves, responsável pelo Secretariado Diocesano da Catequese, descreveu a importância da catequese para os jovens, pais e catequistas no Dia da Catequese, no passado dia 21 de maio, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, Viana do Castelo, promovido pelo mesmo Secretariado.

O dia começou dividindo os participantes em 4 salas diferentes, destinadas a cada um dos grupos específicos, ou seja, os adolescentes, as crianças, os pais e os catequistas.As crianças tiveram uma catequese mais dinâmica, em que conciliaram brincadeira com diferentes passagens bíblicas. Os adolescentes estiveram com a Ir. Isabel Maria, com quem puderam pensar na vocação, no dom que Deus dá a cada um, com o objetivo de criar reflexão para a JMJ –Jornada Mundial da Juventude – que se aproxima, e motivar à participação.

Os pais, com o casal Eufémia e Pedro Ruivo, puseram em cima da mesa os problemas atuais da catequese, em que todos foram convidados a partilhar as suas experiências. Assim, refletiu-se na necessidade de dinamizar a catequese familiar, de incluir mais os pais neste processo de aprendizagem, mesmo com a estrutura de família a mudar. Por fim, os catequistas, que, com o Pe. Paulo Alves, explanaram o conceito de catequista e do ministério de catequista: “O catequista é uma testemunha que se coloca ao serviço da comunidade cristã”.

Para acabar a manhã, o CNE – Corpo Nacional de Escutas realizou uma atividade para todos os participantes, com demonstrações de jogos e trabalhos práticos da vivência escutista.

Depois de um almoço partilhado, seguiram-se, mais uma vez, os “laboratórios”, em que se colocou a questão “Que Igreja sonhamos?”. Assim, no momento subsequente, foi possível chegar ao centro da questão, sendo apresentadas as conclusões dessas reflexões em plenário.

Os adolescentes mencionaram a questão da linguagem, afirmando que é necessário que ela seja mais direta e que se enquadre na vida em concreto, e que seja possível criar atividades mais dinâmicas. Os catequistas dissertaram sobre uma maior abertura da Igreja, em que seja possível uma maior intimidade com Jesus e que não viva de aparências, de formalismos, mas que haja uma maior preocupação com os mais afastados e carenciados. As crianças pediram uma Igreja mais interativa e integrativa de todos, através de uma atividade manual. Por último, os pais consentiram que não têm uma tarefa fácil e que “a sociedade não está para a Igreja”. É preciso fazer este compromisso de apoiar, principalmente na infância, em que pode ser combatido este estigma da sociedade, pois a Igreja tem que chegar a todos, desde o nascimento até ao último suspiro.

O dia acabou com a Eucaristia presidida por D. João Lavrador. Na homilia, disse que todos são levados pela Palavra a reconhecer Cristo ressuscitado. Assim, Ele está sempre presente através do Amor – herança e conteúdo central da fé cristã – e que cada um é chamado a ser participante e tem a missão de O mostrar a outros para que possam ter essa mesma experiência.

O Pe. Vasco Gonçalves, auscultado pelo Notícias de Viana, falou da importância de criar este tempo de “convívio e formação” para gerar esta consciência de Igreja diocesana, na qual todos são protagonistas e caminham para o mesmo sentido e objetivo. O Secretariado procura promover a catequese familiar junto das comunidades e, por isso, assume a urgência de criar equipas arciprestais, que, em colaboração com o Secretariado, promovam e motivem a formação. A catequese é, nos dias de hoje, essencial para se gerar cristãos e é nas comunidades, numa “fé centrada em Cristo”, que eles crescem.