No passado dia 31 de maio as irmãs carmelitas estiveram em festa com a imposição do hábito da postulante Rute, onde se inseriu, também, a renovação dos votos matrimonias de um casal no seu 25º aniversário de Matrimónio, contando a celebração com a presença do Bispo Diocesano, D. João Lavrador.

Na homilia, o Prelado falou na alegria que é experienciada na identificação com Jesus. "Só assim é possível levar o Ressuscitado aos outros e fazer parte desta missão que também é a de Maria. O cristão, ao realizar este itinerário, descobre a sua fé a atuar à sua volta através de sinais de alegria e de salvação. A grande transformação da humanidade é feita pela fé e pelo amor”, afirmou. D. João, auscultado pelo Notícias de Viana, referiu-se, de igual modo, à importância da diferença de carismas presente na Diocese para a missão que a esta é exigida.

"É uma bênção ter uma jovem neste caminho para a renovação das vocações e que continue a fazer este caminho na alegria de Deus", acrescentou, não deixando de relembrar que “a Igreja só se entende na riqueza da variedade e na comunhão espelhada na diversidade dos caris- mas que o Espírito de Deus oferece”.

Por fim, a agora noviça Rute, que tomou o nome de Irª Teresa Gabriel da Santíssima Trindade e de Maria Imaculado, ouvida pelo Notícias de Viana, explicou como descobriu a sua vocação. "Durante muito tempo, especialmente durante a Faculdade, onde estava a cursar Enfermagem, estava inquieta, sem saber onde poderia preencher o vazio que me habitava. Contudo, um dia, foi-me proposto este caminho de vida consagrada. Pensei seguir o caminho da Madre Teresa de Calcutá, com quem me identificava, pela profissão e pelo gosto de cuidar dos doentes. Mas tudo mudou quando foi possível fazer uma experiência nas irmãs carme- litas da Diocese de Viana", contou.

Rute está há dois anos no convento e concluiu que a transição não foi fácil, até porque o ruído lá fora continua a ser muito alto, mas confessou que é necessário haver um esforço das duas partes, quer de quem entra, quer da comunidade em que se encontra, que tudo faz para a ajudar. A imposição do hábito significa a passagem oficial para a Ordem e o ingresso no noviciado. Na cerimónia é imposto o escapulário, o cinto, que simboliza a obediência e o maior enraizamento na Ordem; a capa, que representa as virtudes, entre elas a da castidade. "Tudo isto representa um símbolo de compromisso para com Deus e para com a Ordem", explicou.