Instituições de Ministérios marcam início de Semana de Oração pelas Vocações

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D. João Lavrador apelou a “despertar vocacional”, destacando a juventude dos candidatos e pedindo-lhes uma entrega genuína ao Evangelho.

 A Sé de Viana do Castelo acolheu, no passado Domingo, a celebração que marcou o início da Semana de Oração pelas Vocações, e em que foram instituídos nos ministérios lacais de Leitor e Acólito quatro seminaristas: João Cerqueira, João Santos, João Cruz, Renato Costa.

Na homilia, D. João Lavrador salientou o papel preponderante que a experiência comunitária tem enquanto lugar privilegiado da experiência de Cristo, apontando para os quatro seminaristas propostos à receção dos ministérios como “sinais visíveis” da presença de Jesus na comunidade. “Estes jovens apresentam-se à Igreja para que junto de Jesus Cristo correspondam ao Seu chamamento que Lhes diz: ‘Segue-me’”, apontou.

O Bispo de Viana do Castelo reforçou que a identidade cristã se liga umbilicalmente com o seguimento de Cristo. “Ser cristão é seguir Cristo”, destacou.

Ainda na reflexão, pediu à assembleia que refletisse sobre a sua relação com Deus, na Pessoa de Cristo. “Afinal, amamos ou não amamos Jesus Cristo? Esse amor que não tem origem em nós. Esse amor que não é reservatório, mas sempre caudal para alimentar e refrescar o outro. Até que ponto aceitamos o amor de Cristo? Será que temos consciência que Jesus Se manifesta? O que é Ele para nós? Uma lei? Um princípio? Uma moral? Ou um encontro?”, sublinhou.

D. João procurou frisar que o ministério de Jesus é feito de encontros e experiências e não de grandes discursos, concretizando, posteriormente, este horizonte na vida dos instituídos, pedindo-lhes que se coloquem sempre na disposição de servir. "Queremos ser ajudados por vós. Nesta Igreja em que o ministério é um serviço. E onde quem se coloca com outra intenção que não seja o serviço, se sente mal", afirmou.

 O prelado convocou, ainda, os 4 jovens a ir mais além, motivando-os a derrotar a desilusão. "Quantas vezes não temos a sensação de que não pescamos nada? Isso porque o nosso olhar é um olhar para as nossas capacidades, as nossas técnicas, as nossas possibilidades. Jesus, pelo contrário, é sempre um despertar, um amor abundante. No fim de contas, o que me motiva a ser cristão? Leis, tradições, preceitos? Ou encontro com um Deus vivo? Retiremos já de nós tudo o que pode ser obstáculo para sermos amor? O mundo precisa de testemunhas e é garantido que Deus acolhe na desilusão e lança para a Esperança", apontou.