Mais de 50 agentes pastorais participaram na formação para animadores

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O Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil arrancou o ano de 2024 com uma formação para animadores dos grupos de jovens. A participação “superou as expectativas”, tendo 56 participantes de sete dos dez Arciprestados da Diocese: Arcos de Valdevez, Melgaço, Paredes de Coura, Ponte de Lima, Valença, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

Formação para animadores 2024As avaliações dos participantes são “muito positivas”. Muitos foram aqueles que assumem a importância das formações, a partilha de experiências e o conhecer pessoas novas, como motivações/incentivos para serem agentes pastorais ativos e participativos, na Igreja.

Vera Fernandes, diretora do Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil, contou que a ideia de promover a formação surgiu após os encontros com as equipas arciprestais, grupos de jovens e movimentos para “perceber o eco da Jornada Mundial da Juventude (JMJ)”. “A falta de formação e de outras ferramentas, no sentido de os ajudar a dar continuidade ao seu trabalho na preparação e pós-JMJ, foi uma das conclusões que retirámos”, especificou, sublinhando a importância do papel do Secretariado na motivação e incentivo. “A participação superou a nossa expectativa. A média de participação em iniciativas idênticas era de 20 participantes e, hoje, conseguimos reunir 56 pessoas de sete Arciprestados. Ou seja, são poucos aqueles Arciprestados em que não há representatividade”, salientou, mostrando-se “feliz”. “É igualmente um sinal muito positivo para a nossa Diocese. Significa que há pessoas que querem continuar a dar de si, mas que precisam de ferramentas”, reconheceu.

A responsável frisou, ainda, que a questão da partilha é “muito importante”. “Quando um grupo está com alguma dificuldade e há um outro que também esteve na mesma situação, nestes encontros, conseguem ajudar-se mutuamente, percebendo o que eles fizeram para encontrar o seu caminho”, exemplificou, frisando: “Os momentos de partilha é que nos fazem crescer nos valores e na fé.”

A iniciativa contou com a participação de Bruno Leite, colaborador da Pastoral Juvenil Salesiana, que aceitou o convite com “algum nervosismo”, mas “muita motivação”. “Estas formações para animadores têm de, nos próximos tempos, ser algo ‘quase obrigatório’. A partilha de experiências e conhecimento entre aqueles que trabalham com os jovens, tem de ser fundamental”, defendeu, sublinhando a importância da formação que “faz com que toda a gente cresça junto com os jovens”. “O Sínodo e a JMJ mostraram-nos isto e, por isso, trouxe a Exortação Apostólica Pós-sinodal «Christus Vivit» do Papa Francisco, que nos ajuda a centrar no essencial do trabalho com os jovens”, referiu, relembrando o contributo dos jovens no Sínodo. “Ouvir os mais afastados. Há tanta gente a afastar-se, que estes tempos de mudança que estão a acontecer, são tempos de oportunidade”, salientou, referindo que estas formações permitem ainda "discernir" sobre "aquilo que se quer para o grupo de jovens”. “Não tenho expectativas criadas, para não me desiludir, mas, se cada um levar alguma coisa para a sua comunidade, já valeu a pena”, garantiu.

O Bispo diocesano, D. João Lavrador, também marcou presença e realçou o trabalho da Pastoral Juvenil na Diocese. “Temos de, a partir da JMJ, não deixar esmorecer o ânimo que se viveu durante aquela semana, aproveitando-o para estruturar a Pastoral Juvenil na Diocese”, sublinhou, relembrando que “o foco é o Jubileu”. “Durante a caminhada até ao Jubileu, a nossa intenção é termos coordenadas para a renovação da Diocese e, nesse sentido, queremos que os jovens tenham um papel relevante na sua programação”, afirmou.

O prelado sublinhou, ainda, a importância do papel do animador, defendendo que “não tira o lugar aos jovens”. “Dentro da realidade da Diocese e naquilo que é uma Pastoral Juvenil, temos os mais variados grupos, mas cada um deles precisa de um animador. Esta formação é para ajudá-los a saber qual o seu papel e a perceber o papel da animação nos dias de hoje. É de acompanhamento dos grupos e jovens que se trata. E, apesar da interligação entre o jovem e o animador, o protagonismo é essencialmente dos jovens. Ou seja, ser animador não é tirar o lugar aos jovens, mas acompanhá-los, animá-los e estar presente, sobretudo, na escuta, impulsionando uma caminhada em conjunto com os jovens” acrescentou.

Jubigo

Recentemente, a Pastoral Juvenil lançou o cartaz do primeiro Acampamento Juvenil Diocesano, que se realizará entre os dias 10 e 14 de julho, em Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Ponte de Lima.

“O principal objetivo é dar continuidade a este crescimento de valores, presença e conhecimento dos jovens da juventude diocesana”, explicou Vera Fernandes, confidenciando que era um sonho do Bispo. “Vamos arrancar com este sonho com a temática do Ano Pastoral: «Comunidades de Discípulos Missionários»”, desvendou, salientando que procuraram “encontrar o equilíbrio entre religiosidade e dar a conhecer a Diocese aos jovens”. “Da parte da manhã, teremos formações, catequeses e palestras com convidados. Da parte da tarde, serão realizadas atividades mais lúdico-desportivas e culturais. Já as noites serão surpresas”, adiantou.

O Acampamento Juvenil Diocesano vai realizar-se todos os anos. Em 2024, vai realizar-se na zona norte da Diocese e, em 2027, culminará com “a casa-mãe”: Viana do Castelo.  “Com este acampamento, queremos convidar os jovens a participar e a reunir com o Bispo para que, no mesmo espaço, nos escutemos mutuamente, encontrando os caminhos que os jovens reconhecem como necessários para a Pastoral Juvenil”, salientou D. João Lavrador.