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“Não podemos ficar instalados”. D. João Lavrador desafia fiéis a levar esperança ao quotidiano
A Sé de Viana do Castelo acolheu a celebração solene de encerramento do Jubileu de Esperança, presidida por D. João Lavrador, num momento marcado pela ação de graças, pela comunhão e por um forte apelo ao compromisso cristão na vida diária, à luz da festa da Sagrada Família de Nazaré.
Na homilia, o Bispo diocesano apresentou a Sagrada Família como “modelo concreto” para os desafios do tempo presente, sublinhando que “é na vida quotidiana, no trabalho, na família, nas relações e nas dificuldades, que a fé se torna visível e transformadora”. “É na experiência simples e real da vida que aprendemos a ser discípulos de Jesus Cristo”, afirmou.
Ao fazer um balanço do caminho vivido ao longo do Jubileu, D. João Lavrador destacou a Eucaristia, a escuta da Palavra, a reconciliação, a oração e a participação ativa na missão da Igreja como sinais de um percurso que ajudou a comunidade a redescobrir “a maravilhosa experiência de ser membro ativo da Igreja e disponível para a missão”.
Inspirando-se no Evangelho e na figura da Sagrada Família, o bispo lançou um apelo direto à responsabilidade pessoal e comunitária “num mundo marcado por guerras, desigualdades, solidão, migrações forçadas e perda de esperança, sobretudo entre jovens, idosos e famílias fragilizadas”. “Não podemos continuar instalados na nossa segurança. Somos chamados a levantar-nos e a caminhar”, sublinhou, desafiando os fiéis a não se deixarem paralisar pelo medo ou pela indiferença.
D. João Lavrador insistiu que “a esperança cristã não se constrói apenas com grandes gestos”, mas “nasce da simplicidade do dia a dia”. “Um sorriso, um olhar fraterno, um gesto de perdão, um serviço gratuito podem tornar-se verdadeira fonte de esperança para quem os recebe”, afirmou, concluindo: “A história da humanidade não caminha para um beco sem saída, mas para o encontro com o Senhor da Glória.”