A Pastoral da Saúde - Viana do Castelo - Departamento Diocesano assinalou o Dia Diocesano da Saúde, no Centro Paulo VI, em Darque, com dezenas de participantes.

O Pe. Fábio Carvalho, diretor do Secretariado Diocesano da Pastoral da Saúde, dinamizou os dois fóruns sob o mote "Em que consiste o Serviço de Assistência Espiritual e Religiosa nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde e a quem se destina?" e "Cura dos doentes na comunidade cristã: proposta pastoral para «uma comunidade sanadora»".

O responsável começou por salientar a importância do Serviço Assistência Espiritual Religiosa no Serviço Nacional de Saúde, relembrando que a Declaração dos Direitos Humanos prevê o direito à dimensão religiosa.

Durante a iniciativa, o Pe. Fábio Carvalho apresentou o projeto pastoral “Comunidade Cuidadora” que “emerge da necessidade e da vontade de traduzir na ação pastoral da Diocese de Viana do Castelo e das comunidades paroquiais que a constituem aquilo que a Igreja sempre considerou central no âmbito da sua consciência ética e moral, isto é, o cumprimento do Mandamento Novo do amor ao próximo, sobretudo, quando este sofre as dores decorrentes da enfermidade - física, psíquica ou espiritual - do abandono ou da inevitável caducidade da vida”. “Com esta proposta pretende-se criar uma rede complementar de comunicação e apoio entre os contextos onde são prestados cuidados de saúde e as comunidades de referência das pessoas confiadas aos cuidados das diferentes instituições sejam elas paroquiais, sociais, familiares ou outras”, explicou, salientando que “para aplicar o projeto nas paróquias precisa de todos”. “Até que ponto, nós, comunidade cristã, cuidamos uns dos outros”, questionou, frisando que o projeto é “uma oportunidade para repensar o cuidado uns com os outros”.

Citando Bento XVI, considerou que “os cristãos têm moral acrescida para estar atentos e ajudar os outros”. “O sofrimento desperta no ser humano a disponibilidade para amar”, defendeu, reforçando: “A Pastoral da Saúde constitui uma urgência na comunidade porque se não tiver a convicção das comunidades cristãs a defender os direitos, ninguém o vai fazer.”

Por fim, o Pe. Fábio Carvalho desafiou os participantes a dar seguimento ao projeto nas suas paróquias e alertou para a importância de envolver os jovens nestas temáticas.

D. João Lavrador, Bispo diocesano, também marcou presença e, na sua intervenção, afirmou que “a liberdade de consciência, culto e religião é inevitável pela constituição”, apelando para uma pastoral que promova “a relação entre pares com dignidade”.