Pe. Paulo Alves foi palestrante no Dia de Espiritualidade

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O Movimento Diocesano dos Cursilhos de Cristandade (MCC), realizou no passado dia 04 de dezembro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Darque, Viana do Castelo, o “Dia de Espiritualidade”, com início às 09h30 e encerramento pelas 16h00 com a celebração da Eucaristia do II Domingo do Advento. Estiveram presentes dezenas de cursilhistas vindos dos vários Arciprestados da Diocese. D. João Lavrador esteve presente por breves minutos, para saudar os presentes, ausentando-se devido a outros compromissos.

Dia de Espiritualidade MCCFoi palestrante o Pe. Paulo José Norberto Alves, Vigário Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima, do Arciprestado de Viana do Castelo, que apresentou três reflexões sobre o tempo do Advento, centradas na esperança que nos deve animar como cristãos, à luz da Carta Encíclica Spe Salvi: “Salvos na Esperança” do Papa Bento XVI, sobre a esperança cristã.

1ª. REFLEXÃO

Depois de rezada a Oração de Laudes, teve lugar a primeira reflexão da manhã, em que o Pe. Paulo Alves, começou por referir que o Ano Litúrgico nos convida a viver o ano inteiro refletindo e encontrando-nos com a realeza de Deus, numa estrada pela qual caminhamos com Jesus Cristo. O tempo do Advento converteu-se numa dinâmica de consumismo, esquecendo Aquele a Quem preparamos a vinda de novo e celebramos o nascimento, colocando-nos em Deus que visita a humanidade.

Muitos cristãos vivem como em “Sexta-feira Santa e Quaresma e nunca vivem a Páscoa”, estão de braços cruzados, não elevam os seus braços ao alto, de onde vem a salvação. O cristão é aquele que está sempre de cabeça erguida, não é cristão de tradições, mas aponta o futuro, vivendo essa tradição com o propósito do passo seguinte, perspetivando o futuro com a consciência de que somos frágeis e finitos e que caminhamos para a casa do Senhor, num encontro definitivo com Deus.

Citando a acima citada Encíclica “Salvos na Esperança” do Papa Bento XVI, o palestrante referiu: o nosso caminho não está concluído, é uma permanente caminhada num horizonte de esperança; o Advento é convite e essa esperança, capaz de nos oferecer um horizonte mais vasto “A esperança em Deus” – Advento é tempo de reavivar a esperança.

2ª. REFLEXÃO

Na segunda reflexão da manhã, o Pe. Paulo Alves continuou a sua reflexão centrada na esperança da história que vivemos ano após ano, começando por referir: Deus tem esperança em cada um de nós; Ele é o guia da História e a Sagrada Escritura apresenta-nos esta esperança de Deus em nós, mas é também a nossa esperança não só na busca de uma vida melhor, mas também na busca de Deus.

Essa busca deve ser feita em comunidade, “ninguém se salva sozinho”, nós não somos uma ilha, só nos salvamos em comunidade e com os outros. Devemos refletir e perguntar-nos: “sou homem ou mulher de esperança? A esperança é virtude teologal que vem de Deus e nasce de Deus, que é dádiva de Deus e nos encaminha para Deus, origem da Esperança.

E o Pe. Paulo Alves levou-nos a questionar: Em que consiste a esperança para mim? Temos de enfrentar os desafios do nosso tempo em Igreja, com esperança na certeza de que Deus nos ama e não abandona o Seu povo, e que Deus está sempre comigo! Façamos esta prece: “Senhor, ajuda-Me a compreender que nunca me abandonas”. Eu espero porque Deus é a minha esperança, é a eterna presença é a fonte da Esperança. Que formosos são os pés do Mensageiro que anuncia a paz.

3ª. REFLEXÃO

Depois da pausa para almoço, teve lugar a terceira reflexão, em que o Pe. Paulo Alves começou por referir: homens e mulheres de esperança, tenhamos momentos para nos colocarmos dentro do Presépio e consciencializarmo-nos de que somos parte da história da “revolução de amor em Jesus Cristo”. O cristão é aquele que constrói pontes, que constrói fraternidade, que constrói comunidade e comunhão, que tem esperança, que vê pontes onde outros veem muros e barreiras intransponíveis: a divisão entre cristãos é o pior testemunho que podemos dar àqueles que estão fora da comunhão. “Profecia de Isaías” – Consolai o Meu povo, preparai no deserto os caminhos do Senhor.

A vida é constantemente um deserto, mas também um lugar onde se sente a presença de Deus. “Senhor, dá-me a graça de confiar em Ti”. Isaías anuncia a chegada do Menino e João Baptista diz – Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

A concluir a última reflexão, o Pe. Paulo Alves referiu: Advento é tempo propício para alimentar a chama da esperança; quem é portador da esperança sabe que pode rasgar sempre novos horizontes, sendo criativo como Deus é criativo – temos que ser sementes de esperança, às vezes basta um olhar para com aquele se se cruza connosco, aquele que está a meu lado. O Dia de Espiritualidade terminou com a celebração da Eucaristia do II Domingo do Advento, presidida pelo Pe. Paulo Alves e concelebrada pelo Pe. José Torres Lima, Assistente Espiritual do MCC.