Agenda
Realizou-se a Vª Assembleia da Pastoral da Saúde
“A vida é uma dádiva”, referiu D. João Lavrador, na conferência de abertura da Vª Assembleia Diocesana da Pastoral da Saúde, que se realizou no auditório do centro pastoral Paulo VI, nos passados dias 23 e 24 de abril. O evento contou com cerca de 70 inscrições e a presença de múltiplos oradores.
Ministrando a conferência de abertura da assembleia, o Bispo de Viana do Castelo reforçou que o Evangelho necessita de entrar em diálogo com a cultura contemporânea em que vivemos hoje, exigindo que cada batizado esteja atento aos diversos “sinais dos tempos” na linha da proposta do Concílio Vaticano II.
Já o Padre Manuel Pereira de Almeida, coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde, circunscreveu o conceito de pastoral da saúde, bem como a sua organização e dinâmica, revendo, ao longo da sua partilha, o passado, olhando o presente e visualizando o futuro.
Na parte da tarde do primeiro dia de trabalhos, foi possível, ainda, assistir a uma mesa redonda com Dr. Hugo Lucas e a Dr.ª Lídia Rego, ambos especialistas em cuidados paliativos e psicólogos clínicos no Instituto S. João de Deus. Hugo Lucas mencionou as necessidades psicológicas e espirituais da pessoa doente, descrevendo o modo de proceder ideal para com todos os doentes que estão em cuidados paliativos, ou mesmo em situações de fim de vida, tendo em conta a diferença entre sofrimento e qualidade de vida. Lídia Rego dissertou sobre comunicação da verdade clínica em ambiente hospitalar. Posteriormente, a Dr.ª Susana Queiroga, especialista em Sociologia, falou do modo pelo qual a pastoral de ajuda pode ser uma maneira de realizar uma intervenção próxima ao doente.
No domingo, o dia começou com a conferência da Drª. Ana Sofia Carvalho, professora de ética e bioética na Universidade do Porto e membro da comissão nacional de Ética, que alertou para os desafios colocados às gerações mais novas, principalmente nesta era da inteligência artificial. Mais tarde foi possível ouvir a Drª. Cristina Pinto a relatar a evolução dos cuidados paliativos desde a sua fundadora, Cicely Saunders, até à atualidade.
Nas últimas duas conferências, deu-se lugar à partilha de dois testemunhos de dois padres da arquidiocese de Braga, Pe. Jorge Vilaça e Cónego João Aguiar Campos. O primeiro distinguiu vários conceitos, tais como eutanásia, distanásia e ainda da ortotanásia, tudo isto para demonstrar a dignidade que a morte deve ter. O segundo, deu relacionou a esperança cristã com o que deve ser o encontro do próprio doente consigo mesmo.
O encontro encerrou com a eucaristia presidida pelo D. João Lavrador, onde este exortou todos os presentes a viverem em comunidade, pois Deus revela-se no amor